domingo, 3 de junho de 2007


O post inaugural deste bolg não poderia deixar de ser poético. Relacionado a existência; a nós. Portanto, ninguém melhor do que Drummond para abrir e iniciar a nossa troca :


"Todas as guerras do mundo são iguais.


Todas as fomes são iguais.


Todos os amores, iguais iguais iguais.


Iguais todos os rompimentos.


A morte é igualíssima.


Todas as criações da natureza são iguais.


Todas as ações cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.


Contudo, o homem não é igual e nenhum outro homem, bicho ou coisa.


Ninguém é igual e ninguém.


Todo ser humano é um estranho ímpar".

(Carlos Drummond de Andrade, A Paixão Medida, 4ªed., 1983,p.59)