domingo, 3 de junho de 2007


O post inaugural deste bolg não poderia deixar de ser poético. Relacionado a existência; a nós. Portanto, ninguém melhor do que Drummond para abrir e iniciar a nossa troca :


"Todas as guerras do mundo são iguais.


Todas as fomes são iguais.


Todos os amores, iguais iguais iguais.


Iguais todos os rompimentos.


A morte é igualíssima.


Todas as criações da natureza são iguais.


Todas as ações cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.


Contudo, o homem não é igual e nenhum outro homem, bicho ou coisa.


Ninguém é igual e ninguém.


Todo ser humano é um estranho ímpar".

(Carlos Drummond de Andrade, A Paixão Medida, 4ªed., 1983,p.59)

2 comentários:

David Carneiro disse...

E eu já tava triste porque pensava que o primeiro post não ia ser meu. Mas como todo o ser humano é ímpar, alguns mais ímpares que os outros, como em "existiria a verdade, verdade que ninguém vê, se todos fossem no mundo iguais a você", não vou te dar parabéns pelo blog. Nem vou dizer o quanto está legal. Isso sería par demais. Afinal, todos os blogs são iguais. Todos os comentários são iguais. Mas existiria a verdade, verdade que ninguém vê se todos fossem no mundo iguais a você e se todos os blogs refletissem a sensibilidade transparente e caóticamente metódica que só tu, menininha ímpar, tem.

Unknown disse...

realmente, apesar de todas as similareidades ,todo ser é sem duvida alguma provido de uma riqueza incauculavel, carrega consigo algo único q jamais haverá possuirá uma réplica decente. A sua individualidade.
infelizmente alguns n fazem bom uso ou sequer uso qualquer da sua. algo tão belo q te diferencia, te faz chamar atenção e carrega todo o teu potencial, potencial esse q só vc possui.
otimo texto verenoka q me fez pensar,ja vi que vou estar sempre entrando aqui para conferir tao belas obras
bejaum