O post inaugural deste bolg não poderia deixar de ser poético. Relacionado a existência; a nós. Portanto, ninguém melhor do que Drummond para abrir e iniciar a nossa troca :
"Todas as guerras do mundo são iguais.
"Todas as guerras do mundo são iguais.
Todas as fomes são iguais.
Todos os amores, iguais iguais iguais.
Iguais todos os rompimentos.
A morte é igualíssima.
Todas as criações da natureza são iguais.
Todas as ações cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais.
Contudo, o homem não é igual e nenhum outro homem, bicho ou coisa.
Ninguém é igual e ninguém.
Todo ser humano é um estranho ímpar".
(Carlos Drummond de Andrade, A Paixão Medida, 4ªed., 1983,p.59)